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Mostrando postagens de janeiro, 2017

DEUS E FREUD

Sigmund Freud nasceu em 1856 em Freiberg, Morávia. Mudando-se para Viena, onde estudou medicina, casando-se com Martha Bernays, com quem teve seis filhos. Todos sabem que Freud é o pai da psicanálise e que a lém de suas obras sobre psicologia, Freud se preocupava com a temática religiosa, chegando a escrever as seguintes obras: “Totem e Tabu”, “Moisés e o monoteísmo” e uma obra que minou a crença em Deus, chamada o “futuro de uma ilusão”, datada em 1927.  É claro que para compreendermos a leitura e visão de Freud a respeito da religião é preciso ouvir as vozes que lhe antecederam. Por este motivo é  interessante destacar que a figura hermenêutica da ilusão, como a da projeção, acompanham desde sempre a reflexão do homem acerca da religião.  Os pré-socráticos na antiga ironia de Xenófanes sobre a figuração antropomórfica dos deuses (“Se os cavalos tivessem mãos, pintariam imagens dos deuses semelhantes a cavalos”) já ecoavam  com tonalidades diversas e com resultados

A PUSSY E A MUSICA FUNKE-SE, COMO VETOR DE LIBERDADE E LIBERTINAGEM, EMANCIPAÇÃO FEMININA OU DOMINAÇÃO MASCULINA?

Quando Richard Parker (Antropólogo e Sociólogo) chegou no Brasil pela primeira vez em 1983, para realizar um estudo sobre cultura e poder, tendo o carnaval como pano de fundo, não demorou, para perceber a sensualidade explicitamente visível nesta festa. Ele percebeu a força da cultura brasileira impregnada por seus mitos de origem que foram em certo sentido escritos e inscritos de forma marcante pelos primeiros escritores - como Pero Vaz de Caminha e Américo Vespúcio - que já citavam a sensualidade "inocente" e "natural" dos nativos e o caráter edênico da terra.  Na casa grande e senzala de Gilberto Freire, por exemplo, já estava evidente a conotação empregada para os homens em relação as mulheres, deste modo a Casa grande era na verdade fortaleza para os membros masculinos da família e em certo sentido prisão para os membros femininos, havia claramente uma polarização entre os sexos.  Para se ter uma ideia, até os 5 ou 6 anos, todas as crianças brin

QUAL É O SENTIDO DA VIDA?

Bertrande Vergely em seu livro sobre o sofrimento, distingue duas acepções do termo sentido: como finalidade e como significação de linguagem. No primeiro caso, visa-se a direção correta – “para que lado fica o paço municipal? Uma vez conhecida, não nos resta outra escolha senão segui-la; do contrário, podemos cometer algum erro. No segundo caso, o sentido é fruto de uma tradução – como dizer que “a vaca foi para o brejo” em inglês? – e os erros são possíveis, pois temos maior margem de escolha. Como se vê, a primeira acepção enfatiza a direção , a meta; a segunda prioriza a liberdade e o significado . Podemos ser livres sem errar e atingir o destino correto sem nos sentirmos coagidos a fazê-lo? (SOARES; VILHENA, 2003. p. 15) Em suma, a palavra SENTIDO é polissêmica e implica em direção ou lógica.   Por exemplo, alguém que pede uma informação, onde é tal lugar? A resposta é, você vai nesse "sentido", isto é, nessa "direção" para chegar a tal lugar. No e

QUEM É O MEU PRÓXIMO EM TEMPOS DE REDE?

Em tempos onde confunde-se conexão, com comunhão e vice-versa, surge a necessidade de nos perguntar-mos quem é o nosso próximo? A sociologia de certa forma já nos deu algumas pistas para desprender-mos os conceitos de rede x comunidade em Zygmunt Bauman.  Vejamos: Em suma, no dizer do próprio Bauman a comunidade precede você, pois todos nascem em uma comunidade. No entanto, ao contrário de comunidade temos o conceito de "Rede".  O que é a Rede?  De acordo com Bauman, (um)a rede é feita e mantida viva por duas atividades diferentes. Uma que é conectar e outra que é desconectar. Isto ajuda a explicar aquilo que poderíamos chamar de "sedução das redes".  Uma vez que as relações nesses ambientes são voláteis e dispersas e descompromissadas.  Por essa razão, o conceito de próximo e, mais especificamente, de "amizade" se modificam e evoluem por causa da rede. A necessidade de conhecer os outros e se tornar conhecido dos outros é uma nece