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Mostrando postagens de dezembro, 2016

BOB ESPONJA, PATRICK E SIRIGUEIJO - REPRESENTAÇÕES SUBJETIVAS & COLETIVAS DO COTIDIANO

Esses tempos rolou um papo nas redes de que Bob esponja e Patrick eram gays, no entanto eles estão mais para anjos do que para hetero ou homossexuais, sim eles são seres assexuados. De acordo com Stephen Hillenburg (criador do desenho), Bob Esponja é ingênuo,  arquétipo do personagem que está(eve) sempre por aí, do indivíduo que vive e se comporta como uma criança. Já Patrick  não é ingênuo, mas burro.   Ambos formam uma dupla interessante, pois os dois juntos  pensam que são adultos e gênios.   De fato, Bob Esponja não (nunca)  percebe as trapalhadas que ambos cometes e Patrick se acha o melhor cara do mundo. Mas não esqueçamos o Mr. Sirigueijo. O senhor Sirigueijo, (chefe do Calça Quadrada na lanchonete)   tem uma história mais íntima, na verdade ele foi inspirado num chefe que Hillenburg conheceu quando trabalhou num restaurante... de frutos do mar.   O mesmo diz o seguinte: "Eu era da Costa Oeste americana, ele era da Costa Leste”. Ele tin

A DISTINÇÃO: CRÍTICA SOCIAL DO JULGAMENTO

Paulo Mazarem Não há dúvidas de que [1] Pierre Bourdieu (1930-2002) foi um dos grandes pensadores franceses do Séc. XX. Seu legado é insubstituível para as gerações que virão.  Escreveu mais de 37 livros e 400 artigos e participou ativamente de movimentos pró-desfavorecidos. Seu pensamento é estudado por muitos intelectuais em nosso país, entre eles o sociólogo da USP [2] Sergio Miceli que em entrevista a Cult revelou o espanto e o desconhecimento de suas ideias no Brasil dos anos de 1970.  Como a proposta aqui é comentar uma de suas obras penso que se deter no titulo da obra de Bourdieu nesse momento será fundamental para compreender seu pensamento. Penso que para compreender o pensamento de Bourdieu em sua obra a “distinção” é necessário entender o conceito de “espaço social” e os diferentes “capitais” que nele operam?                                                                                                                   Ora, espaço social é o locus onde

O QUE É O NATAL?

No inglês norte-americano ao invés de se pronunciar   Merry Christmas   (feliz Natal) diz-se   Happy Holidays   (boas festas), isto para não ofender ninguém que celebra a festa e que não é cristão. De acordo com Carina Fragoso alguns nativos da língua entendem que o natal é uma festa religiosa que celebra o nascimento do fundador do cristianismo e por esse motivo substituir a frase é fundamental para não deixar ninguém chateado.  Ora, observando os sentidos que tem são empregados para a percepção do que é natal é que devemos nos perguntar o que é natal mesmo?  Do cuidado semântico ao sentido do termo, da ética a estética a questão é, como que nós brasileiros vivenciamos essa data.  Para isso penso que aquele exercício fenomenológico conhecido por nós filósofos chamados de " epoché"   deve ser o   Leitmovit   de qualquer reflexão séria que pretenda examinar com coerência lógica uma representação fenomênica de tal magnitude.  Mas o que o Natal vem a r

CONSUMIDORES RELIGIOSOS OU DISCÍPULOS DE CRISTO?

O grande trabalho dos teólogos protestantes de Karl Barth, Paul Tillich, Emil Brunner e C. S. Lewis, foram o de basicamente dissociar o sentido empreendido pelos Outsiders que viam uma combinação entre religião e cristianismo, legados pelo concepção católico-histórica de que   religião ( religare) , é, ligar-se novamente com o divino, transmitindo a ideia de que por um momento houve (des)conexão e (des)ligamento. A questão é será mesmo que houve?    Ora, sabe-se que a modernidade além de anunciar a morte simbólica de Deus, por meio da emancipação antropocêntrica, assistiu aquilo que alguns sociólogos têm chamado de revanche de Deus.  Os neurocientistas questionam-se, a partir de uma perspectiva interdisciplinar chamada de neuroteologia , o seguinte: "Afinal de contas por que Deus não foi/vai embora?" No entanto, a questão que atravessa e enviesa essa reflexão é, será que ele esteve ausente da história, para isto basta retornarmos à oração do papa Bento XVI em Auschwitz, q