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Mostrando postagens de maio, 2015

A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA

                        Esta é a frase emblemática do “filósofo da liberdade”, pois é assim que Jean-Paul Satre ficou conhecido nos círculos filosóficos e acadêmicos pelo mundo. Nascido em Paris, em 21 de junho de 1905 teve desde cedo a influência do avô, Charles Schweitzer, (com quem veio romper por móvitos éticos mais tarde) professor aposentado, que iniciou-o precocemente na leitura literária.     Da erudição familiar, (pelo menos no que diz respeito ao ambiente onde Sartre pode acumular seu imenso capital cultural) à École Normale Supérieure - Paris, Sartre mais do que uma testemunha de seu tempo foi também aquele que no dizer de Nietzsche proscreveu sua vontade de potência, (ao trazer novamente a consciência humana para centro de todas as coisas), traduzindo para o homem de seus dias, (ainda que deslocado filologicamente daquilo que Nietzsche chamava de “moral de rebanho”), uma filosofia de emancipação, podendo aqui ser vinculada aos proletários  (trabalhadores) da

UTOPIA, MITO E DISTOPIA

Utopia é a verdade do amanhã. (Victor Hugo) As utopias são verdades prematuras. (Lamartine)   A palavra utopia foi criada por Thomas Morus para indicar uma ilha imaginária, um bom lugar, mas que não está em lugar algum e representava um sonho, um desejo, uma esperança de um mundo melhor.  Vou dizer o que é. Utopia é quando você olha para o horizonte e a cada dez passos percorridos percebe que cada vez mais está distante dele. (Galeano) Ora, penso que antes de partirmos do/para o étimo linguístico, é necessário partirmos em/na direção daquilo que acredita-se, ainda que o horizonte se mostre nadificado ou que admita-se à inexistência de um "lugar", "plano", sim a função da utopia, eu digo qualquer utopia mais do que dar sentido à caminhada ou ao caminhante é antes de tudo, tem por finalidade incentivar os seus transeuntes. De modo que o devir , o movimento, o fluxo é o seu Leitmotiv (fr.) ou Vourausstzungen (Al.). Quando falamos em mito