Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2014

ANSELMO E AS PROVAS ONTOLÓGICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

Anselmo nasceu em 1033 na cidade alpina de Aosta na Itália. Tornou-se monge aos 27 anos e foi nomeado prior do mosteiro, em 1063, aos 30 anos. Por sua reputação de grande pensador, escritor e administrados, Anselmo foi obrigado, contra a sua vontade, a se tornar abade do mosteiro de Bec em 1078. Enquanto ocupava esse cargo, iniciou um carreira estelar de escritor, com seus dois grandes livros de teologia filosófica: Monologium ( Monólogo ou solilóquio) e Proslogium (Discurso). Essas obras contêm versões da famosa prova ontológica da existência de Deus e ainda são publicadas, lidas e debatidas com regularidade nos cursos de filosofia secular. Existe uma história sobre a origem dessa experiência de iluminação, quando cantava no ofício vespertino como os demais monges em Bec em 1076. Alguém lhe pediu que fornecesse uma explicação e defesa dos ensinos básicos da fé cristã e estava contemplando a existência de Deus e o motivo por que o salmista diz no salmo 14: “Diz o ins

PORQUE PROCURAMOS DEUS?

        A pergunta retórica enunciada na temática proposta é de ordem geográfica. Um budista, por exemplo, não procuraria a Deus, isto, por que o budismo, é uma religião (a) téia, isto é, sem Deus. Superando os regionalismos, minha insistente pergunta segue sua cadência, por que procuramos Deus?  Deve-se, levar em conta que não nascemos na Ásia, nem sob um regime Marxista-Leninista, e obviamente não nascemos na Índia.  Minha pergunta é para os que nasceram aqui no Ocidente, local que albergou à cultura judaico cristã, transmitida pelos nobres missionários jesuítas que nos presentearam com a monocultura cartesiana. Sim, a pergunta é para nós que não temos consciência histórica de nosso passado, que desconhecemos os dispositivos e mecanismos invisibilizados de dominação epistêmica.  Coitados, (asiáticos, africanos, indianos, etc...) eles não tiveram a mesma sorte que nós ocidentais. Há muitos deles, (exceto alguns) a revelação não os alcançará. Portanto,

A TROCA IMPOSSÍVEL (FÉ-RAZÃO)

Todas as teologias existentes no universo bíblico-teo-filosófico não passam de  huma nologias, recortes iconológicos, herméticos e reducionistas que jamais podem alcançar a magnitude apofática de Deus. Acredito que isso se deva a limitação da razão que não consegue alcançar plenamente a transcendência, necessitando sempre daquilo que Kierkegaard chamou de “salto da fé”. Os racionalistas (dogmáticos) não percebem que “Deus não cabe dentro de nossos esquemas teológicos”, como disse Ruben Alves “na verdade Deus é grande demais para ser apanhado, estudado, dissecado”. Colocar dentro de um copo d'água todas as águas dos mares é impossível, simplesmente por que o infinito não cabe no finito e a eternidade extrapola a "temporalidade", assim é a mente humana limitada demais para alcançar coisas tão elevadas. Por essa Razão é necessário compreender que a “Teologia não é rede que se teça para apanhar Deus em suas malhas, porque Deus não é peixe, mas Vent